A execução de projetos da construção civil podem enfrentar grandes desafios para garantir o cumprimento do prazo e do orçamento proposto. No entanto, com a elaboração de um cronograma físico financeiro de obras é possível entender todas as necessidades de projeto e gerenciar seu andamento contínuo para que se ocorra a conclusão da obra sem atrasos ou custos extras.
Essa ferramenta é uma documentação que elenca cada atividade a ser realizada, relacionando a data de início e fim, bem como o orçamento de materiais, mão de obras e equipamentos necessários para cada etapa. Assim, ele pode e deve ser utilizado em qualquer tipo de obra e corrobora diretamente com uma execução mais produtiva e segura.
Com a aplicação do cronograma físico financeiro de obras é possível identificar possíveis divergências entre o projetado e o executado. Leia até o final para ter uma compreensão completa da importância desse documento de gestão na construção civil, acompanhe através dos seguintes tópicos:
Aproveite a leitura!
O que é um cronograma físico financeiro de obras
As obras, de maneira geral, apresentam singularidades, como terreno em aclive, problemas com drenagem, dificuldades de acesso e outras problemáticas que podem dificultar uma execução eficaz.
O cronograma físico financeiro de obras é uma ferramenta utilizada na construção civil que otimiza o planejamento de forma lógica e permite tomar decisões precisas. Por ser um documento que contém todas as atividades, prazos e orçamentos, os profissionais de obra podem visualizar os processos a serem feitos de maneira mais clara e, assim, gerenciar os próximos passos de forma eficaz.
Além disso, a documentação também analisa o fluxo de caixa e as implicações financeiras caso venha ser alterado algum fator já planejado. Vamos ver um exemplo prático para ilustrar!
Considere que uma construtora esteja executando a obra de um edifício com prazo de 24 meses, tendo um custo estimado de R$8 milhões. Ao elaborar um cronograma físico financeiro de obras, com as descrições de atividades, os prazos e os valores previstos para as etapas, os gestores poderão acompanhar o andamento do projeto e comparar o progresso com o planejamento do cronograma.
Da mesma forma que essa elaboração de cronograma pode monitorar o fluxo de caixa, comparando os gastos realizados até o momento com o que foi previsto no cronograma. Por exemplo, quando o gestor responsável pelo projeto percebeu um desvio no orçamento, foi possível a adoção de medidas corretivas, o que evitou a falta de recursos financeiros para o empreendimento.
Por isso, o cronograma é ótimo para manter uma gestão eficiente, pois esclarece todo o processo e evita falhas que poderiam acontecer.
Como fazer?
Existem muitos modelos disponíveis para aplicar um cronograma físico financeiro de obras, mas o fato é que não há uma só maneira de se fazer. Cada obra tem sua dimensão, materiais, serviços e estratégias de execução diferentes.
O ideal é que se utilize plataformas para abranger todos os fatores envolvidos em uma construção, como a Vobi. Para criar esse mecanismo é necessário seguir alguns passos importantes, confira a seguir cada um deles:
Construção da EAP
O primeiro passo para a construção do cronograma é elaborar a Etapa Analítica do Projeto (EAP). Para isso, deve-se dividir todo escopo do projeto em etapas e separar, de forma gráfica, o planejamento em pacotes de trabalho.
Essas fragmentações contém descrição detalhada de atividades que serão executadas com prazos, quantidade de mão de obra e de recursos necessários. O desmembramento de tarefas facilita na hora da compreensão do que deve ser entregue e de como será a tomada de decisões.
Dividir o trabalho em tarefas menores é uma técnica comumente utilizada para aumentar a produtividade. O Project Management Body of Knowledge (PMBOK), é uma coleção reconhecida como a principal referência sobre gestão de projetos e define a estrutura de desagregação do trabalho como uma hierarquia orientada para resultados.
Sequenciar as atividades
Com a separação de atividades é mais fácil entender em que momento cada uma pode ser feita e, assim, determinar a ordem em que elas irão ocorrer, revendo os materiais e mão de obra necessária.
Cria-se, então, uma lista detalhada com todos os serviços a serem executados. Insira nessa fase decisões ligadas a entrega de materiais, local do armazenamento, sequência de atividades e o que deve ser priorizado. Acrescente situações hipotéticas e possíveis soluções no caso de imprevistos, como atrasos ou problemas no canteiro de obras.
Os desmembramentos são feitos até que todos os níveis abordem todo trabalho necessário para finalização do projeto. É necessário revisar quais e quantos serão os profissionais envolvidos, priorizando a sequência lógica das operações.
Definição do prazo e custo
A terceira etapa é responsável pela revisão de tudo o que foi definido, focando no financeiro e no cumprimento dos prazos. Cada pacote de trabalho deve ter um prazo para ser finalizado e um custo máximo a ser investido.
É importante considerar aspectos variáveis como clima, trânsito, mão de obra e fornecimento de materiais, além de uma margem de erro para cada estimativa de tempo. Isso garante prazos mais reais e evita frustrações por acontecimentos que fogem do controle.
O gestor deve avaliar os profissionais e fornecedores que oferecem o melhor custo-benefício. Cada etapa deve ser calculada e adicionada ao projeto planejado. Além de definir datas para ser possível fazer um acompanhamento das atividades quando a obra iniciar. Assim, é possível avançar para a próxima etapa: a finalização do cronograma físico financeiro de obras.
Finalização do cronograma físico financeiro
Por último, após todos os passos anteriores, é crucial que essas informações sejam repassadas para uma plataforma online, onde o cronograma e o planejamento financeiro seja compartilhado com todos os envolvidos.
Essa última etapa pretende facilitar o acompanhamento da obra e focar na melhoria da gestão e execução. Como podem ocorrer problemas inesperados no decorrer da construção, esse momento é voltado para tomada de decisões e correção imediata.
Como o cronograma não é uma estrutura rígida, se houver atrasos, por exemplo, pode ser necessário acelerar processos para minimizar impactos e prejuízos. Com isso, o profissional Erick de Brito afirma que é crucial a atenção de custo marginal, analisando os custos diretos, indiretos e casuais do projeto e seu comportamento em função do tempo.
Diferença entre medição física e medição financeira
A medição de obras é um processo importante por impactar o desenvolvimento do levantamento quantitativo de materiais, do desenvolvimento do orçamento e do acompanhamento da execução da obra. Na prática, funciona como a mensuração do trabalho que está sendo realizado, considerando os materiais e custos envolvidos.
Essa ferramenta de gerenciamento e controle de projeto garante o andamento físico da obra e a manutenção dos custos previstos no planejamento, auxiliando na otimização da gestão de obras.
Assim, o cronograma físico financeiro de obras é um documento que une os dois tipos de medição que existem: a medição física e a medição financeira, com elas é possível fazer o acompanhamento dos custos reais da obra em relação ao planejamento de execução física.
A medição física monitora o desempenho físico da obra, considerando os serviços que precisam ser executados dentro do canteiro de obras. Aqui, acompanha-se o cronograma físico real da obra. Por exemplo, uma construtora consegue verificar os custos unitários de cada serviço realizado na obra, avaliando a produtividade e identificando os gargalos que possam estar prejudicando o andamento da obra.
Já a medição financeira é fundamentada no contrato firmado para a obra, onde foi apresentado o custo da obra. É importante enfatizar que o custo da obra registrado no contrato, na maioria das vezes, não é o mesmo definido com os fornecedores.
E aí que esse tipo de medição entra em ação, ela é responsável por avaliar os custos unitários dos serviços em função do custo total previsto para a obra. O acompanhamento de cada um dos orçamentos de obra é essencial na hora de realizar a medição. Por exemplo, deve-se fazer o acompanhamento do contrato com o empreiteiro, o contrato de receita, entre outros.
Melhor dizendo, a principal diferença entre ambas é que a medição física tem foco na supervisão dos custos de execução do projeto, seguindo o cronograma de atividades. Enquanto a medição financeira é voltada para os custos reais e a movimentação financeira, fazendo o rastreio dos orçamentos.
Portanto, ao desenvolver um cronograma físico financeiro de obras que une os métodos de medição é proporcionado à obra uma gestão mais eficiente e assertiva.
Medição de avanço físico e financeiro na Vobi
A medição de avanço físico e financeiro é um aspecto crucial no controle eficiente de obras, garantindo a conformidade do projeto com as especificações do cliente, dentro do orçamento e prazo definidos. A Vobi, desde sua concepção, busca simplificar e aprimorar esse controle físico-financeiro, proporcionando uma ferramenta de medição de obras que facilita o acompanhamento preciso do andamento e a manutenção dos custos alinhados aos planejados.
Ao utilizar a ferramenta de Medições da Vobi, é possível adicionar e acompanhar medições com apenas alguns cliques. Essa funcionalidade permite visualizar todos os níveis e subníveis do orçamento vinculados aos preços (com BDI), facilitando o acompanhamento da evolução entre o orçado e o realizado. Sugerimos a organização do orçamento em etapas, de acordo com as necessidades do projeto.
Ao criar uma nova medição, o usuário tem a flexibilidade de indicar o progresso da obra por nível, subnível e item, seja em valor ou percentual. Após o preenchimento dos campos, a ferramenta salva automaticamente, atualizando o registro de medição. O relatório de Medições fornece informações cruciais, incluindo o valor orçado, o valor das medições, o valor acumulado e o saldo restante, possibilitando o controle de custos e a identificação de oportunidades de economia.
A ferramenta de Medições da Vobi não apenas previne atrasos, monitora o andamento da obra e mantém os custos sob controle, mas também proporciona uma gestão mais eficaz do cronograma físico-financeiro de obras. Não perca mais tempo com processos complicados; experimente agora a solução da Vobi e otimize o gerenciamento de suas medições e orçamentos de obras.
Até a próxima,
Equipe Vobi