Não é novidade para ninguém que, o mundo pós pandemia não será o mesmo e, se antes desta situação inesperada a arquitetura já passava por um processo de redescobrimento e renovação, agora, mais do que nunca, é a hora de se reinventar. É hora de enxergar a crise como oportunidade e não como ponto de parada.
Neste artigo você irá aprender sobre:
Aproveite a leitura!
Os perfis de cliente pós-quarentena
Se você parar para pensar, a maior solução para resolver o grande problema da pandemia, foi pensada por um arquiteto(a) ou por um(a) designer de interiores: a nossa casa!
E é por isso que cada vez mais, as pessoas perceberão a importância da arquitetura e do design de interiores na vida de cada um e passarão a ver esse serviço como primeira necessidade e não como algo supérfluo.
Para começarmos a nossa análise vamos falar de duas personas, dois perfis de cliente que ficaram escancarados pós-quarentena:
👉 O primeiro, é a pessoa que fez um projeto de arquitetura na sua casa, fez tudo como queria (e isso não necessariamente inclui fazer um projeto onde gastou rios de dinheiro, mas um projeto que supriu as suas necessidades reais) e, durante este período, trabalhando em home office, agradece por cada cantinho e aproveita para curtir o seu lar.
👉 O segundo, é a pessoa que achou que não precisava de um(a) profissional e, como não passava muito tempo em casa, as insatisfações não eram suficientes para fazê-lo procurar alguém que realmente entendia.
Você consegue perceber que, os dois clientes agora, mais do que nunca, vão valorizar este serviço?
O que fez tudo certinho, não abrirá mão de ter um arquiteto ao lado para qualquer intervenção ou melhoria que quiser fazer, pois está muito satisfeito com a experiência que teve; já o que fez as coisas de forma improvisada, agora percebe que precisa sim de ajuda e, assim que possível, vai buscar um profissional.
Transformando a crise em oportunidade
Pode parecer desesperador em um primeiro momento, mas basta uma mudança de ponto de vista e uma reavaliação para transformar a crise em oportunidade.
Você não pode esperar tudo passar e “voltar ao normal” - porque essa transição não será algo que acontecerá do dia para noite - para começar a agir e adaptar a forma como você trabalha hoje para atender esse novo perfil de cliente, de mercado e de produto a ser entregue para seu cliente.
Na hora de fazer projetos, cada vez mais, as pessoas vão buscar a essência, as coisas que realmente importam. A "cor do ano" já não vai fazer mais diferença, a "cor do ano" será a cor que faz bem para ela; o sofá que você vai querer na sua sala, vai deixar de ser aquele que é assinado pelo designer e vai passar a ser o sofá confortável, perfeito para a família.
Você, mais do que nunca, vai ter que ser o(a) arquiteto(a) que escuta, que compreende e que consegue projetar aquilo que se enquadra nas necessidades e nos valores do cliente, não na imposição de marcas e de estética acima de tudo.
O consumo consciente também é um fator importante a ser levado em consideração. Pense que a economia está sendo fortemente afetada. Haverá ainda mais a necessidade de ser cada vez mais maleável: aproveitar os móveis que seu cliente já possui, achar alternativas eficientes, com ótimo custo x benefício e sempre pensar no bem estar do seu cliente.
E como fazer isso sem deixar a estética de lado?
Este será um dos seus desafios diários e, acredite, ter essa mentalidade fará toda diferença na hora de conquistar novos clientes.
Na visão operacional do escritório, algumas tendências que já eram claras, tornam-se agora necessárias para mantê-lo rodando. O marketing digital, o uso de plataformas digitais para armazenar, organizar e apresentar seus leads e seus projetos; todas as ferramentas do universo digital deixam de ser opcionais e passam a ser obrigatórias.
As desculpas de não precisar fazer uso destas ferramentas por ter um escritório físico ou por não ser prioridade já não se encaixam mais em nossa realidade. Se você ainda não começou a fazer a transição do seu escritório para o mundo digital, não perca mais tempo. Agora não é mais opcional, é necessário.
[Confira mais no nosso artigo sobre "O fim do escritório de arquitetura e design como conhecemos"]
Antes, o home office, uma prática bastante utilizada pelos(as) arquitetos(as) por conta da redução de custos, nem sempre era bem visto; especialmente por questão de "status". Com a implantação dessa prática, quase que obrigatória, a grande maioria das empresas começaram a perceber que não só é possível, como também pode trazer até mais produtividade para os funcionários.
Esta então é mais uma das oportunidades que estão aí batendo na porta. Você não precisará mais ter um escritório físico para “encher os olhos” do seu cliente, em vez disso, precisará ter um trabalho de marketing digital bem desenhado.
Com apresentações feitas à distância, invista em ferramentas de imagem pois elas serão suas principais aliadas na hora de apresentar seu projeto, além de facilitar o entendimento e a compreensão do espaço pelo cliente. Sairão na frente também, as lojas de móveis, revestimentos e decoração que possuem loja online, pois assim você já poderá incluir o link de referência dos itens do seu projeto e direcionar seu cliente para a página de venda.
Quando se trata de estratégia de negócio, as opções são ilimitadas
A dica então é não se desesperar, tentar (sabemos que é difícil) sempre enxergar “o copo meio cheio”, respirar fundo e se organizar.
Sente com calma, analise o mercado que você atua e trace estratégias para seguir em frente. Do lado de cá, estamos sempre buscando desenvolver ferramentas que tragam praticidade e eficiência para você. Conte conosco sempre, vamos enfrentar isso juntos!
Até a próxima
Equipe Vobi