Realizar uma excelente gestão de projetos de arquitetura é uma premissa básica dos escritórios bem-sucedidos. A boa gestão é aquela que tem processos bem definidos e, se o cenário atual do seu negócio não é esse, você precisa ler esse artigo até o final, entender o que ocorre em cada etapa e assim definir os seus próprios parâmetros. Nesse artigo você vai aprender:
Aproveite a leitura!
Assim que o profissional abre o próprio escritório, ele deixa de atuar “apenas” como um arquiteto ou designer e passa a ser também um gestor do seu negócio. Ou, pelo menos, ele deveria se enxergar assim e agir com conformidade.
Explicando melhor: gestão é ter processos definidos que visam o alcance de objetivo certo, dentro de um prazo delimitado. De acordo com Eos Consultores:
“A gestão de projetos de arquitetura nada mais é do que aplicar técnicas, conhecimentos e habilidades para que um projeto obtenha sucesso. Ou seja, o gerenciamento serve para que o objetivo seja atingido de acordo com os requisitos estabelecidos durante o planejamento. Assim, visa garantir que o resultado obtido seja satisfatório tanto para a empresa, em relação aos prazos e custos estabelecidos, quanto para seu cliente final” - Fonte: Eos consultores | grifo nosso.
Sendo assim, pode ser aplicado em diversos contextos, mas, no que se refere à arquitetura e interiores, podemos dizer que o primeiro maior objetivo é concluir o projeto, e, em um segundo momento (e dependendo do caso), a obra.
Uma gestão de projetos de arquitetura eficiente, é aquela que tem processos mapeados, ou seja, que segue um modelo de organização prévio, a partir do qual se define antecipadamente os passos a serem seguidos em cada contexto.
Desse modo, mesmo que cada projeto e cliente sejam únicos, o plano geral de elaboração segue inalterado e quem estabelece ele é a figura do arquiteto ou designer que estiver na posição de gestor. No mundo dos empreendimentos, ter esse planejamento é essencial, pois melhora a performance dos projetos, o atendimento ao cliente, salienta os resultados alcançados, aumenta a produtividade, facilita a delegação de tarefas, permite auferir os ganhos e perdas e viabiliza o crescimento do escritório nos mais variados aspectos. Em suma, é o fator que determina o sucesso do escritório.
Em linhas gerais, o gerenciamento “quebra” o escopo contratado em etapas e esmiúça quais são, de que forma e para quem o escritório realiza os seus serviços. Logo, uma gestão de projetos de arquitetura deve ter, no mínimo, as etapas principais bem determinadas.
Confira abaixo quais são:
✔ Estudo preliminar de arquitetura;
✔ Projeto executivo de arquitetura.
Perceba então que, sem conhecer as partes que constituem um projeto de arquitetura, sem entender o que precisa ser feito em cada uma, sem definir padrões de entrega, etc, é impossível repassar aos clientes um prazo real ou um valor justo de investimento, por exemplo, sobretudo porque as fases de projeto precisam estar alinhadas à realidade do arquiteto e da empresa.
Em razão disso, saiba que os projetos de arquitetura começam com a assinatura do contrato e com o primeiro contato do profissional com o cliente e com o espaço. Em termos de elaboração de projeto, na reunião de briefing o profissional colhe as informações dos usuários, mas é só no levantamento arquitetônico que ele vai conhecer o ambiente, terreno ou edificação.
Além da compreensão in loco, o momento é de fazer o dimensionamento completo dele. Portas, janelas, alvenarias, pé direito e demais detalhes precisam ser medidos com máxima precisão, uma vez que os desenhos técnicos derivam de todos esses dados auferidos durante a visita técnica.
Afinal, falar em gestão de projetos de arquitetura é considerar que cada fase é uma parte de um planejamento maior, logo, não pode ser considerada como algo isolado. Desse modo, o bom ou mau desempenho de uma etapa ecoa na seguinte, inevitavelmente.
No caso do dimensionamento do espaço, a má performance do profissional implica em ter que repetir toda uma logística de agendamento com o cliente, deslocamento, gasto de combustível, o que pode desorganizar a programação já feita para o escritório e gerar estresses que um bom gerenciamento, ou seja, aquele que conta também com as intercorrências, poderia evitar.
Por fim, o levantamento pode ser feito pelo próprio arquiteto, outro(s) colaborador(es), ou ainda, por parceiros que tenham fácil acesso ao local do imóvel. Essa última alternativa, inclusive, é a forma principal de desenvolver essa etapa quando os projetos são feitos à distância.
Aliás, seguir apenas essa ou incluir a modalidade 100% online de realização de projetos tem sido uma escolha recorrente entre os arquitetos e é uma opção não apenas válida, como é tendência da era digital.
Contudo, essa escolha deve estar prevista na gestão de projetos de arquitetura desde o início. Quer dizer, não dá para esperar o cliente perguntar se você faz ou não trabalhos à distância, para então pensar a respeito. Veja que é sobre isso: seguir um plano traçado previamente e apenas fazer os ajustes que se fizerem necessários ao longo do caminho.
Da medição do espaço, o profissional consegue extrair a planta existente e colocar seus primeiros insights no papel e, com isso, dar início ao estudo preliminar de arquitetura. Trata-se do momento de testar as melhores respostas às demandas do cliente, sobretudo quanto à funcionalidade do projeto, até que se chegue em uma proposta de layout apta a ser apresentada.
Nessa etapa então ocorre a criação do desenho geral do espaço, mas também a definição do conceito que vai nortear todo o trajeto do projeto e ainda a escolha geral do partido arquitetônico, como sugestão de paleta de cores, materiais principais, etc.
Pode ser iniciado através de croquis à mão livre e transferidos para os softwares, assim como o profissional pode fazer ele direto no digital, utilizando ou não moodboard. É que estamos em uma fase inicial de criação, ou seja, de processo criativo puro, em que o arquiteto utiliza os meios que melhor lhe convir.
Além dessas questões, outra decisão que precisa ser tomada em termos de gestão de projeto de arquitetura, é definir se será restrito ou ilimitado o número de revisões do estudo preliminar. Mais uma vez, cabe ao gestor deixar todos esses detalhes acertados muito antes de iniciada a prestação dos serviços àquele cliente, mesmo porque essa informação precisa constar no contrato.
Assim que convencido da solução e finalizado o material de apresentação, o arquiteto combina uma reunião para expor os resultados desse estudo com o cliente, que pode aprovar o material na íntegra ou solicitar ajustes, no limite do que estiver combinado entre eles.
Quando 100% aprovado, damos início ao desenvolvimento do estudo e o material começa a ganhar definição, isso porque estamos na etapa de anteprojeto.
Em breve síntese, nessa fase: a visualização 3D é construída, desenhos mais técnicos são elaborados, materiais de acabamento especificados, custos e prazos são estimados. No geral, as tomadas de decisão mais importantes são feitas junto ao cliente nessa etapa e é quando o projeto ganha forma de verdade.
É por isso que, caso incluído na gestão de projetos de arquitetura do escritório, é nessa etapa que podem ser feitas as visitas em lojas, análises de amostras de revestimentos e demais materiais, como: tecidos, marcenaria, perfis, etc., e o cliente pode estar presente ou não.
Decerto, todos os recursos de representação gráfica feitos aqui funcionam para que o cliente veja em detalhes a composição do espaço como um todo, muito antes dele ser executado. Algo fundamental para que todos os pormenores do projeto sejam esclarecidos, ao ponto de encerrar o planejamento do espaço no quesito criação e concepção.
Também vale se preocupar com o convencimento do cliente, uma vez que o produto do anteprojeto ainda precisa ser aprovado. Assim, muitos escritórios transformam a apresentação dessa etapa em uma verdadeira experiência ao cliente, através de imagens fotorealistas e até mesmo vídeos em 360º.
Hoje, existe um mundo a ser explorado só no que tange à apresentação de projetos e formas de encantar clientes através delas. Mas, importa de fato que o material seja de fácil compreensão e demonstre todas as nuances do seu projeto em detalhes. Afinal, sem esgotar as dúvidas, o cliente não tem meios de fazer escolhas acertadas.
Clique aqui e confira nosso artigo completo sobre o anteprojeto de arquitetura.
Validado o anteprojeto, a movimentação agora é interna do escritório de arquitetura ou design e seus parceiros, e as discussões gravitam apenas em torno de informações com fins de execução e obra.
Estamos na última e grande etapa que torna exequível as ideias construídas com os clientes ao longo das fases anteriores. No projeto executivo, não se tem mais a aprovação dos clientes, pois todas as escolhas já foram feitas. O momento agora é de elaborar um material que funcione como manual prático de obra e registro oficial do serviço prestado.
Esse material, também chamado caderno executivo, prevê a forma de elaboração de todos os detalhes concebidos pelo arquiteto e reúne as informações técnicas de tudo que consta no projeto, devendo ser entregue aos prestadores de serviço e, claro, aos clientes.
Em outras palavras, envolve desenhos técnicos, dentre plantas, cortes, elevações e perspectivas; detalhamentos, especificações e memoriais descritivos. Organizados em pranchas e contendo o máximo de informações possível, pois o objetivo é viabilizar uma obra tranquila e com o mínimo de erros.
Devido à complexidade dos projetos executivos, geralmente é a etapa mais demorada do processo e a gestão de projetos de arquitetura deve estar adequada a essa necessidade de maior tempo e esforço do profissional. Assim, cabe ao gestor estipular prazos maiores, definir o número de revisões necessárias e a pessoa da equipe responsável por fazê-las.
Lembrando que também é facultado ao escritório se responsabilizar ou não pela execução, fazer acompanhamento e/ou administração de obra, dentre outros. Perceba que são escolhas que o arquiteto gestor precisa fazer, relacionadas diretamente aos serviços que ele deseja prestar.
De fato, para um escritório ser lucrativo, a gestão de projetos de arquitetura precisa ser eficiente e isso, geralmente, envolve a ponderação de muitos detalhes e níveis altos de energia dispensada para que tudo funcione bem. A começar pelo entendimento do raciocínio projetual, como estamos vendo nesse artigo.
Ocorre que é imprescindível considerar o gerenciamento no sentido amplo da palavra e compreender a forma de alocar os recursos humanos, financeiros e de tempo que se adequam melhor às intenções e preferências do escritório de arquitetura e design. Além de funcionais e lucrativas, precisam fazer sentido ao arquiteto gestor.
Diante de tantas demandas, sabemos que os profissionais empreendedores acumulam múltiplas funções, e não é raro que estejam sempre esgotados e que nem sempre obtenham resultados compatíveis com o trabalho árduo que desenvolvem. Por conhecermos de perto essa realidade, é que a Vobi existe. Nosso foco é criar soluções específicas para o seu negócio na arquitetura.
Por isso, saiba que todas essas etapas do projeto e demais processos internos podem ser gerenciados através da plataforma Vobi, com total segurança e facilidade. Conosco você ganha tempo e qualidade de vida para se dedicar às outras frentes do seu escritório, pois o nosso produto digital é completo e focado na rotina de arquitetos como você, que prioriza uma excelente gestão de projetos de arquitetura de forma descomplicada.
De todo modo, vimos até aqui quantos detalhes cabem por trás de cada fase dos projetos de arquitetura. Isso porque falamos apenas dos principais! Você pode continuar seus estudos sobre o tema no nosso Blog, pois temos muito conteúdo atualizado por aqui. Agora conta para a gente, qual o cenário atual do seu escritório? Cuidar da gestão dos seus projetos é uma preocupação para você?