Uma tendência de arquitetura e interiores que cresceu nas últimas décadas foi a do “conceito aberto”. A unificação de vários ambientes da casa, a socialização e compartilhamento da vivência dentro do lar foram, por muito tempo, valorizadas e muitas vezes requisitos na hora de se decidir onde morar.
No entanto, este estilo de vida em plano aberto, passou a não fazer tanto sentido.
“Antes da pandemia e da eclosão do trabalho remoto, quem morava com mais pessoas, havia um padrão de ocupação “faseado”, em que você e os outros ocupavam a casa em diferentes horas do dia. Essa ocupação é diferente agora, em que há um padrão “concorrente” – no qual todos os moradores tendem a ocupar a casa simultaneamente.”- fonte: O futuro das coisas
Com a presença de mais pessoas dentro de casa, a falta de privacidade acaba se tornando um grande desafio. As pessoas estão ficando criativas com portas fechadas. Então, seria este o fim dos ambientes abertos?
Mesmo quando as portas não estão disponíveis, novas maneiras de criar um espaço pessoal serão encontradas, conferindo mais utilidade para cada ambiente.
Neste artigo você lerá sobre:
Aproveite a leitura!
O novo morar
O “conceito aberto” das construções foi muito popular ao longo dos últimos anos, principalmente devido aos programas de TV voltados à reforma e decoração que sempre deram preferência a esse tipo de estilo de projeto que preza pelo senso de união dentro do lar.
No entanto, a ameaça do novo coronavírus e o longo período de isolamento fez com que as distribuições dos espaços, ao se definir uma planta baixa de um projeto, saíssem um pouco do âmbito da criatividade e imaginação e dessem prioridade à funcionalidade. Lembrando da primordial necessidade e motivo pelo qual a humanidade tem construído paredes: para manter distância de outras pessoas.
Com a quarentena forçada por todo o mundo, as moradias tiveram rapidamente que se transformar em algo mais do que apenas casas. Elas se transformaram em escolas, academias, escritórios, restaurantes - tudo isso praticamente da noite para o dia. Fazendo com que muitos repensassem as funções do seu próprio lar.
Com isso, ter o seu próprio espaço pessoal dentro de casa voltou à moda. Arquitetos e designers prevêem uma maior demanda por privacidade e espaços multifuncionais.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Zillow and The Harris Poll1, 27% dos entrevistados disseram considerar se mudar para uma casa com mais cômodos. Sendo o principal motivo: o fato de ter passado mais tempo em casa durante a pandemia.
Essa é a tendência pós Covid. Cada vez mais pessoas desejarão moradias com mais cômodos.
Poder ficar de olho nas crianças enquanto trabalha pode ser uma vantagem para alguns. Para outros, a falta de privacidade tem se tornado um grande desafio para a concentração e rendimento do trabalho. Um exemplo clássico disso é a eterna luta para encontrar um cantinho silencioso em que possa realizar suas reuniões em vídeo chamadas.
“Às vezes, liberdade significa colocar algumas barreiras.”
Porém, uma vez que as paredes foram derrubadas, pode não ser tão simples assim recriar ambientes fechados. Por isso, veremos um grande aumento na procura por divisórias de ambientes, portas, isolamento acústico e espaços multifuncionais.
A procura por espaços multifuncionais
Então este é o fim do “conceito aberto” no design e interiores? Na verdade, não.
O “conceito aberto” não irá acabar, visto que conquistou muitos adeptos ao longo dos anos. Porém, ele deixará de ser o must-have dos projetos e se unirá às outras tendências, formando então o melhor dos dois mundos: privacidade e união.
As portas divisórias, por exemplo, ficarão ainda mais populares, pois possibilitam a escolha de manter o mesmo cômodo aberto ou fechado, de acordo com a vontade do morador. Permitindo que os cômodos ofereçam múltiplas funções para uma variedade de atividades.
Além disso, outras questões foram potencializadas após maior convivência dentro de casa, como por exemplo o isolamento acústico:
“É quando dormimos que o ruído mais incomoda e faz mal. Com o home office então, temporariamente ou não, é preciso garantir um mínimo de paz para trabalhar, sobretudo quando se divide a casa com crianças. (...) Com a norma técnica de 2013, a NBR15.575, que alterou os níveis aceitáveis de ruído nas habitações, uma indústria do silêncio surgiu no Brasil para dar conta da demanda de materiais isolantes. Segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias de 2019, tais itens já são prioritários para 63% dos que buscam um imóvel e ganham mais de R$ 3 mil – e para 44% de quem ganha menos de R$ 800, à frente até da famosa varanda gourmet. Uma região silenciosa fica à frente até da proximidade de escolas.” - fonte: Revista Gama
A procura por automação residencial também será uma tendência para o novo morar, bem como a preocupação com conforto térmico.
O surgimento do Cloffice
Estudos mostram que crianças que usufruem de espaços confortáveis e privados tendem a se concentrar melhor em seus estudos. Por isso, otimizar os espaços e adequá-los é de extrema importância.
Como já dito, muitas casas têm se preparado para receber um espaço de trabalho e/ou estudo mais reservado. Seguindo essa tendência, a ideia do Cloffice vem se popularizando nos últimos tempos e é uma das promessas para 2021, de acordo com o Pinterest Predicts.
Mas você sabe o que é Cloffice?
Cloffice nada mais é do que é um home office dentro de um closet, ou seja, uma adaptação feita para suprir as necessidades do home office, quando você não tem um ambiente inteiro para chamar de seu.
Pode parecer estranho a princípio, mas o conceito é prático e atende a uma demanda cada vez mais crescente de ter um lugar específico para a realização de outras atividades dentro de casa.
Tornou-se indispensável um ambiente onde seja possível trabalhar sem as interferências de outras pessoas. Porém, com moradias cada vez menores, é preciso otimizar os espaços, aproveitando cada cantinho.
Com um pouco de criatividade e espírito de concisão, é possível montar um Cloffice incrível. Veja abaixo a seleção que fizemos para você se inspirar: