Dentre todas as competências exigidas de um arquiteto, o processo criativo é a mais abstrata. Assuntos concretos, como detalhamentos e técnicas construtivas, podem ser consultados em bibliografias específicas. Assuntos que não são aprendidos na faculdade, como regulamento no CAU, gestão financeira e estratégia de vendas, podem ser aprendidos através de cursos específicos.
Porém o processo criativo é algo difícil de se ensinar. Inclusive, as próprias metodologias de ensino de projeto nas faculdades são objetos de pesquisa, pois esses processos são muito particulares. Mesmo arquitetos com experiência podem apresentar dificuldades na hora de elaborar soluções inovadoras, mas é possível trabalhar e aprimorar a mente criativa. Nesse artigo você vai aprender como funciona o processo criativo na arquitetura e como você pode melhorar a sua capacidade de criação através dos seguintes tópicos:
Aproveite a leitura!
O que é a criatividade?
Por definição, uma pessoa criativa é aquela que “possui capacidade, inteligência e talento para criar, inventar ou fazer inovações na área em que atua.” A criatividade comumente é associada ao “talento”, onde se acredita que pessoas criativas nascem com essa habilidade. Essa percepção é errônea e pode afetar negativamente os profissionais de diversas áreas que envolvem a criação, gerando desconforto e frustração.
Como a própria definição esclarece, a criatividade está relacionada à “inteligência”, a qual abrange os aspectos intelectuais de entendimento, raciocínio e reflexão. Ela também está associada ao conceito de “capacidade” - faculdade natural ou adquirida. Portanto, é possível aprender a ser criativo. O que muitas pessoas veem como “talento” em diversas áreas criativas, na verdade, é o resultado de anos de desenvolvimento, e com a arquitetura não é diferente.
A criatividade pode ser classificada como um processo intelectual, ou seja, pode ser aprendido, só depende de tempo, estudo e prática, sendo assim precisa ser criado um processo para adquirir este conhecimento.
A criatividade é o resultado do processo criativo. Esse processo, apesar de apresentar características gerais, é muito particular. Estudos recentes sobre a criatividade mostram que os fatores pessoais - cognitivos, emocionais e motivacionais - e fatores ambientais - sociais, físicos e culturais - podem influenciar no processo de criação e seus produtos. Nos próximos tópicos vamos ver a importância do processo criativo na arquitetura, suas etapas e influência de fatores individuais.
A importância do processo criativo
O processo criativo é o instrumento para concepção de ideias e soluções inovadoras, a sua importância para a arquitetura é evidente, visto que a própria projetação se trata da busca de soluções criativas para problemas específicos. Mas, onde se encaixa o processo de criação na arquitetura? Ele é necessário em algum momento específico do projeto?
Todo arquiteto já se deparou com aquele sentimento de “o que eu faço agora?” durante o processo de elaboração de um projeto. Esse momento muito peculiar geralmente ocorre depois que reunimos as informações necessárias e, então, nos debruçamos sobre o papel branco. Ele é um sentimento de mil ideias que não se encaixam, uma ideia genial que não toma forma ou um vazio de referências de dar medo.
Nesse momento, que estamos quase esperando uma intervenção divina para resolver aquele problema, vem o ultimato: eu não consigo criar! Pois bem, isso é perfeitamente natural, visto que o ato da criação realmente não vai cair do céu. Os famosos insights - compreensão súbita, profunda e intuitiva de um assunto - são apenas um recorte de um longo encadeamento, o processo criativo.
Não espere acordar naquele momento eureca. Essas conexões são construídas ao longo do tempo, então, é importante que você seja consistente nas suas pesquisas, na sua projetação e no seu pensamento.
Esse encadeamento de eventos, que giram em torno de um problema até gerar soluções, seguem uma lógica particular na cabeça de cada indivíduo. Porém, é possível identificar etapas em comum nesse processo. Conhecer essas etapas é fundamental para manter o controle lógico do processo e para desenvolver o seu próprio método, identificando quais etapas funcionam bem e quais precisam ser adaptadas para você.
Porém, o processo de criação não é simplesmente uma fórmula de gerar ideias, ele está intimamente ligado a todo o processo de projetação arquitetônica. Inclusive, ao analisar ambos os processos, é possível observar etapas que são equivalentes. Isso significa que o próprio ato de projetar está mesclado com o processo criativo. Da mesma forma que o processo de criação é particular, a projetação também é.
Na prática do planejamento arquitetônico, pode-se dizer que cada projetista desenvolveu o seu próprio método, de acordo com suas potencialidades, preferências e conveniências.
Geralmente, o estudante de arquitetura aprende alguns métodos de projetação na faculdade e, conforme vai projetando, sua mente vai se adaptando a algumas técnicas e sequências específicas, até formar um método próprio. Com o processo criativo não é diferente. O seu processo provavelmente vai mudar ao longo da sua carreira, ele vai evoluir e se adaptar às suas novas capacidades e condições, mas ele sempre parte de etapas básicas e, portanto, é necessário conhecê-las e entendê-las.
As etapas do processo criativo na arquitetura
Primeiramente, devemos esclarecer que a criação arquitetônica, e também em outras áreas, na prática, não representa o seu conceito de “ato ou efeito de criar, de tirar do nada”. Ela está muito mais associada ao conceito de “dar existência a algo”. Isso quer dizer que não será produzido algo “novo”, tente interpretar como algo “diferente”, assim você terá uma compreensão mais realista do que significa a criação.
Não existem novas ideias. O processo criativo é o ato de pegar ideias antigas e criar novas conexões entre elas ou vê-las sobre uma nova luz. Você nunca está começando do zero, na verdade, isso seria meio assustador. Você está pegando restrições existentes, pegando ideias antigas, e está combinando-as de um jeito que nunca foi feito antes.
Como cada projeto possui restrições muito distintas, os projetos arquitetônicos raramente são iguais, no máximo são parecidos. Ainda assim, é possível elaborar soluções mais criativas para um determinado problema, basta treinar a sua percepção sobre a resolução. Você não precisa carregar a responsabilidade de ter que inventar a roda, mas talvez possa usá-la de um jeito mais eficiente, diferente, ou seja, criativo. Com um olhar mais sensato sobre o produto criativo, vamos às etapas do processo criativo que geram esse produto.
Ambientação
A primeira etapa começa antes da demanda de projeto chegar ao escritório. Como vimos anteriormente, o processo criativo é influenciado por fatores pessoais e ambientais. As determinantes macroambientais são referentes ao contexto cultural, social e institucional e dificilmente podem ser controladas pelo indivíduo. Já as determinantes microambientais são referentes ao espaço imediato que a pessoa produz, esse ambiente pode ser projetado para otimizar a capacidade criativa do usuário.
Estudos referentes aos ambientes criativos mostram que uma simples alteração no pé-direito pode afetar a capacidade de concepção. Tetos mais altos estimulam o pensamento abstrato, enquanto tetos baixos auxiliam em tarefas detalhistas. São diversas as características que podem afetar positivamente o processo criativo, dentre elas podemos destacar:
- Morfologia: referente a organização espacial, deve permitir um espaço flexível, com detalhes arquitetônicos fixos ou removíveis para a personalização do ambiente.
- Cinestesia: relativa a percepção do ambiente através de superfícies, texturas e movimentos.
- Visuais: diversificação visual dentro e fora da área de trabalho, incluindo áreas adjacentes. Alterar níveis de complexidade visual e ornamentação estética.
- Áreas externas: acesso visual e físico a áreas verdes. Estudos comprovam que pessoas que têm contato com a natureza alcançam melhores índices de criatividade.
- Áreas internas: pensar nos espaços de acordo com a atividade, nível de produção e quantidade de participantes. É possível qualificar diferentes espaços com microclimas, utilizando luz, cor e som.
- Privacidade: o isolamento é necessário para elaborar pensamento e ideias. O estudo sobre as sete mentes criativas da era moderna (Gardner, 1996) mostra que todos os envolvidos tiveram momentos de isolamento durante suas principais descobertas.
- Sociabilidade: assim como a privacidade, as interações sociais também favorecem o processo criativo. Se o projeto for colaborativo, pensar em áreas e dispositivos que favoreçam as discussões em grupo.
- Recursos: o ambiente deve permitir o uso de materiais e tecnologias que permitam o desenvolvimento do projeto.
- Conforto ambiental: referente às condições de conforto térmico, acústico e luminoso.
- Confortabilidade: referente aos aspectos que oferecem familiaridade e relaxamento ao usuário.
Observe o escritório Google em Zurique. As cápsulas em formato de ovo favorecem tanto as reuniões e trabalhos colaborativos (cápsula à esquerda) quanto os momentos de isolamento e introspecção (cápsula à direita). Também é possível observar o uso de vegetação e tapete que simula uma área verde. Apesar de não substituir o contato real com a natureza, o estudo dos ambientes criativos mostra que o contato com a cor verde já é um diferencial para o processo criativo.
Já a residência da artista plástica Tomie Ohtake, projetada por seu filho Ruy Ohtake, fez bom uso do visual dos elementos naturais externos. Observe os estímulos visuais dos quadros na parede do ambiente adjacente, bem ornamentada, em contraste com a grande clarabóia na área de trabalho, mais limpa visualmente. O ambiente também conta com todos os recursos necessários, grandes mesas para desenvolvimento e estante de livros para consulta.
Demanda
Representa a solicitação do projeto arquitetônico. É nesta etapa que o cliente vai expor seus desejos e criar suas regras. Neste momento são geradas as restrições que vão balizar as próximas etapas do processo criativo. Aqui entra o briefing - reunião inicial onde as informações técnicas, desejos e necessidades do cliente são expostos e alinhados para a concepção do projeto.
Primeiramente, é necessário saber qual é a área do projeto, ou melhor, qual a sua magnitude, qual o prazo para o seu desenvolvimento e qual é o orçamento disponível para a execução do serviço. Essas informações vão te auxiliar a prever um pouco das próximas etapas, e otimizar a projetação. Por exemplo, se você tem um projeto de ampla magnitude e um prazo curto, é previsível que será mais complicado criar algo muito diferente do referencial teórico já existente.
Além disso, é essencial que você consiga entender os desejos dos seus clientes. O projeto imaginário pode ser muitas coisas, uma mesma descrição pode evocar imagens divergentes na cabeça de indivíduos distintos. Portanto é necessário que você busque trazer as ideias para o visual. Um bom instrumento para a alinhar essa visualização é a elaboração de um moodboard.
Também conhecido como painel semântico, o moodboard é composto por paleta de cores, tipografias, estampas, texturas e imagens que expressam a linguagem visual do projeto. Esses painéis e outras decisões do briefing vão funcionar como uma bússola durante as próximas etapas do processo criativo, portanto é fundamental que eles estejam bem definidos e coerentes com as vontades e necessidades do cliente.
Reunião de informações
Essa etapa é descrita em alguns métodos de processo criativo como “preparação” ou “pesquisa”. Ela consiste em unir todas as informações relativas ao seu tema e sobre outras áreas de conhecimento relacionadas, ou seja, áreas que não envolvem arquitetura, mas que estão diretamente conectadas ao objeto que está sendo desenvolvido.
Por exemplo, ao projetar uma escola, além da pesquisa arquitetônica, será necessário reunir informações como: metodologias de ensino (pedagogia), conceitos e abordagens de aprendizagem (psicologia), culturas e saberes regionais (história), etc.
O livro "Adoção do partido na arquitetura” de Pedreira Neves, busca ordenar o processo de projetação em algumas etapas principais, para que o jovem arquiteto tenha um ponto de partida para desenvolver o seu próprio método. Nesse livro, a projetação está dividida em duas fases, onde a primeira é “coleta e análise das informações básicas”. Aqui podemos observar a primeira “mescla de etapas” do processo criativo.
Neves reuniu alguns tópicos para guiar a reunião de informações. O primeiro é relativo aos aspectos conceituais do tema e aborda: conceito do tema, caracterização da clientela e das funções, programa arquitetônico e relações do programa, pré-dimensionamento. O segundo é referente aos aspectos físicos do terreno e trata de: escolha do terreno, planta, características (forma e dimensão, relevo, orientação quanto ao Sol e ventos), acessos, relações com o entorno e legislação pertinente.
Todas essas informações são relativas à elaboração de um projeto arquitetônico, porém o processo criativo envolve uma busca além da área da arquitetura, o que pode resultar em um banco de informações infinito, por isso, é necessário ter em mente quais são as pesquisas relevantes para o seu tema. Esses direcionamentos são definidos no briefing e também com a experiência adquirida ao longo do tempo. Conforme o processo se solidifica, a definição dessas buscas se torna mais apurada e reduzida, pois o próprio projetista amplia o seu banco de dados de conhecimentos.
Processamento
Também descrita como “incubação” ou “associação”, essa etapa consiste em analisar todas as informações coletadas e tentar combiná-las de novas maneiras, observá-las através de novas perspectivas. Essa associação pode ser feita mentalmente ou graficamente, através de diagramas, frases e colagens. Apesar dessa etapa ser bastante ativa e, portanto, consciente, alguns estudos interpretam essa etapa como espontânea.
A incubação consiste em um trabalho inconsciente de conexão entre as ideias através do reexame dos dados pelo cérebro.
Ambas as abordagens estão corretas, isso porque, como vamos ver nos tópicos seguintes, a etapa de processamento se repete dentro do processo criativo e as conexões entre os temas estudados podem ocorrer de forma consciente ou não. Voltando às etapas de projetação, Pedreira Neves nomeia essa fase como “adoção do partido na arquitetura”, onde são definidas ideias dominantes e decisões de projetos.
Essas decisões são baseadas nas necessidades e desejos do cliente e representam o resultado do processamento das informações reunidas, gerando uma hierarquia de prioridades que vão nortear as diversas possibilidades de projeto da etapa seguinte.
Projeto
Em alguns métodos de processo criativo essa etapa é descrita como “iluminação” ou “expressão”. A palavra “iluminação”, a princípio, pode gerar uma ideia errada sobre o quê essa etapa realmente representa, então vamos começar com a abordagem mais aproximada à “expressão”. Após o processamento é necessário apresentar uma solução ao problema apresentado.
Em um certo ponto você tem que parar de pesquisar e começar a projetar. Tente encontrar soluções. Encontre cinco soluções, encontre dez soluções, quanto mais melhor. Quanto mais soluções você tenta encontrar, mais você será capaz de ver o quê funciona e o quê não funciona.
Existem diversos métodos para a projetação. Bianchi (2008) e Kowaltowski et al (2011) listaram aproximadamente 250 técnicas para estimular a criatividade, onde se destacam três tipos: combinação de ideias, que abriga as técnicas “lista de atributos” e “teoria da solução inventiva de problemas (TRIZ”), Associação de ideias, que abrange as técnicas de “brainstorm” e “mapa mental”, e comparação de ideias, a qual traz os métodos de “analogia” e “biomimetismo”. Esses métodos vão “expressar” as ideias, e é nesse sentido que a etapa “projeto” do processo criativo assume essa definição.
Independente da técnica utilizada, é fundamental que o arquiteto execute sua metodologia através do design thinking - abordagem que busca a inovação, com foco no ser humano, e tomando como base os conceitos de empatia, colaboração e experimentação. Primeiramente, o projetista coloca em foco o usuário, a seguir vem o pensamento expansivo, ou brainstorm, que possibilita um processo colaborativo - a equipe pensa em uma solução de forma unida e diversificada. Por fim, a etapa de experimentação vai analisar o que funciona melhor através de protótipos e desenhos.
Chamar a etapa de “projeto” do processo criativo de “iluminação” também está correto, pois essa etapa se repete dentro do processo de criação, tópico que veremos mais à frente. Eventualmente a “ideia da solução final” vai surgir dentro da projetação. É o famoso insight. Ele não surge do nada, é fruto de uma série de conexões e associações de um cérebro que está focado em resolver um problema.
Pausa
É fundamental que você pare de trabalhar no problema e mude o foco da sua mente. Isso vai renovar as energias e capacidade de atenção, além de desbloquear o lado inconsciente da mente. Procure fazer outra coisa que você goste ou que seja mentalmente estimulante. Nesse momento de pausa, os aspectos comentados na etapa de ambientação como contato com a área verde, flexibilidade do ambiente e diversidade de espaços internos são essenciais.
Você pode ir para o cinema, para o museu, ou simplesmente dar uma caminhada. Mudar o ambiente, ter contato com a natureza e interações sociais são importantes nesse momento. Você também pode praticar algum hobby, ou simplesmente relaxar, o importante é deixar o cérebro se concentrar em outros pensamentos que não envolvam o problema.
Deixe a sua ideia cozinhar e voltar para você. Depois de algum tempo ela vai voltar com uma nova forma, ligada a outras ideias. Se você estiver realmente focado em resolver um problema, não importa o quê você esteja fazendo, enquanto você segue sua rotina, tudo inevitavelmente vai gravitar em torno disso e vai alimentar isso. Depois de pesquisar tanto, a sua ideia vai puxar outras ideias, e elas vão se misturar para criar novas ideias.
Feedback
Essa etapa é bastante volátil. Por exemplo, se você estiver trabalhando em equipe, esse feedback é muito natural, ele é exposto assim que se apresenta uma ideia. Se você estiver trabalhando sozinho, considere pedir a opinião de outro profissional da área, recebendo assim uma visão técnica diferente da que você está enxergando, ou de uma pessoa leiga, pois ela pode observar variáveis que não estavam no seu campo de visão.
Como vimos anteriormente, o processo criativo está conectado a fatores pessoais, então é muito fácil para o criador se apegar a sua ideia. Isso é inevitável, nós nos envolvemos com o produto, e quando ele não vai bem, nós também ficamos mal. Quando elaboramos uma ideia que achamos perfeita, geralmente não somos favoráveis à mudanças. É preciso aprender a “desapegar” um pouco do projeto. Treinar o emocional para as possíveis frustrações e adaptações no projeto.
Você não deve esperar que o seu projeto esteja perfeito para mostrá-lo para o mundo. Você tem que mostrar o seu progresso, tentar explicar a ideia e aceitar críticas, seja dos seus amigos ou da sua família. Ajuste a sua ideia baseando-se nisso. Deixe o seu ego de lado.
Repetir
É necessário que você entenda isso o quanto antes: o processo criativo não é linear, ele é circular. Você vai revisitar as etapas de reunião de informações, processamento, projeto, pausa e feedback várias e várias vezes. Isso porque essas etapas estão todas conectadas. É em um momento de pausa que você vai realizar um processamento e partir para a projetação. Não espere executar os sete passos uma única vez e obter a solução perfeita, isso é quase impossível.
Quando você estiver na primeira volta do processo criativo, bem no início da etapa de projeto, naquele momento onde você não tem ideia do que vai fazer, lembre-se que você vai voltar para essa etapa, com muito mais conhecimento e ideias conectadas.
Por isso, permita-se!
Permita-se ter ideias ruins, permita-se testá-las, rabisque o que vier na sua mente. Quando você retornar para essa etapa, já vai ter verificado opções, o seu inconsciente vai estar trabalhando a seu favor, e na quarta, quinta, décima volta, você vai criar algo incrível! Respeite seu tempo, entenda seu processo.
O resultado do processo criativo
Após elaborar a solução criativa, certifique-se que o cliente vai visualizá-la da mesma forma que você. Durante o briefing, como falamos, sempre buscamos trazer as aspirações do cliente para o visual, através de referências ou um moodboard. A apresentação do seu projeto deve seguir a mesma lógica. Maquetes, sketches ou renders, independente do meio de representação utilizado, elabore um produto visual que traduza as sensações e sentimentos que você idealizou para o cliente.
O único jeito de entender como funciona o seu processo criativo é praticando. As primeiras vezes podem ser mais complicadas, mais demoradas, e talvez você precise dar mais voltas no ciclo de projetação. Porém, aos poucos você entende como seu corpo responde a cada etapa.
Se a etapa de “projeto” é melhor em um escritório ou ar livre, se a sua pausa funciona melhor de manhã ou à noite. Tudo é uma questão de tempo e conhecimento para elaborar um processo criativo único e produtivo.
Até a próxima,
Equipe Vobi
Referências:
www.melaoarquitetos.com
www.levdesign.com.br
7 “quick” steps in the creative process | Youtube Channel Dami Lee
A criatividade no projeto arquitetônico: um estudo exploratório em trabalhos finais de graduação do cau-ufrn | Natalya Cristina de Lima Souza
Adoção do partido na arquitetura | laert pedreira neves. Salvador, centro editorial e didático da ufba 1989